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Duas pessoas, um homem e uma mulher, foram presas nesta terça-feira (29) em São Paulo após a morte de um homem de 42 anos. A mulher detida era companheira da vítima. As informações são do Brasil Urgente.
Segundo o DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil de São Paulo, a vítima – identificada como Vitor Lúcio Jacinto – teve a morte encomendada pela companheira – identificada como Anne Cipriano Frigo. O homicídio foi cometido por um funcionário deles, Carlos Lex Ribeiro de Souza.
O casal havia se conhecido em um aplicativo e estava junto há quatro anos. Nos últimos dois anos, eles foram morar juntos em um apartamento avaliado em R$ 20 milhões na Vila Nova Conceição, bairro nobre na zona sul da capital paulista. Os dois viviam em regime de união estável.
Vitor trabalhava como segurança de um restaurante e virou corretor de imóveis quando os dois assumiram o relacionamento. Carlos, 38 anos, trabalhava para o casal também como corretor.
Segundo investigação do DHPP, Anne descobriu um relacionamento extraconjugal de Vitor. Então, teria encomendado a morte do companheiro a Carlos, que não tinha passagens policiais. Pela execução, ele receberia R$ 200 mil.
O corpo de Vitor foi encontrado no dia 18 de junho, próximo à represa de Guarapiranga, na zona sul de São Paulo. Os restos mortais haviam sido carbonizados no rosto e nos pés, de forma a tentar atrapalhar a identificação. Segundo exames, a causa da morte foi um tiro no coração.
A partir do desaparecimento do companheiro, Anne registrou a ocorrência. No entanto, a Polícia Civil passou a investiga-la depois que o corpo foi encontrado.
“Hoje de manhã, os dois foram presos. Aqui no Departamento de Homicídios, o Carlos confessou o crime com detalhes. Nós conseguimos encontrar o carro que ele usou para praticar o crime. Dentro do carro, estava um estojo da arma que ele usou. A arma também já foi recuperada”, descreveu o delegado Fábio Pinheiro Lopes, do DHPP, ao Brasil Urgente.
Segundo Lopes, um detalhe chamou especial atenção na investigação. “Alguém continuou se passando pelo morto – no caso, pelo Vitor – mandando várias mensagens do seu telefone, se passando por ele. Até para criar um álibi, como se ainda estivesse vivo”, acrescentou.
As prisões temporárias de Anne e Carlos foram decretadas na segunda-feira (28). Segundo o DHPP, o prazo pode ser prorrogável por mais 30 dias. O delegado acredita que o inquérito será relatado nesse período.
O próprio Carlos afirma que um caso de infidelidade teria sido a motivação do crime. “Segundo ele alega, o Vitor a teria traído, e isso motivou ela a mata-lo”, disse o delegado Lopes.
Anne, por enquanto, não se manifestou. “Ela não fala nada. Ela até agora não quis falar nada, está acompanhada de vários advogados.”