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Goiás bateu recorde de registros de mortes em 24 horas com 267 novos casos computados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta quarta-feira (10). O número de contaminados no período de um dia também é alto: 4.421. Ao todo, 423.009 pessoas no estado contraíram o vírus desde o início da pandemia e 9.279 morreram.
Os dados da SES mostram que 5.372 vítimas do vírus são homens, enquanto 3.907 são mulheres. A taxa de letalidade em Goiás é de 2,19%.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, explicou na terça-feira (9) à TV Anhanguera que a taxa de mortes pelo vírus dentro das UTIs vem aumentando. De acordo com ela, 50% dos pacientes levados a leitos especiais morrem.
“Vai chegar o momento em que a gente não conseguirá ampliar mais leitos e isso precisa ficar bem claro para todo mundo. E só a ampliação não resolve porque a taxa de letalidade em UTIs está em 50%. Mesmo tendo leito, a gente sabe que muitas pessoas irão a óbito”, pontuou Amorim.
Para a superintendente, os dados refletem as aglomerações dos carnavais e festas clandestinas, já que geralmente são frequentadas por jovens que se expõem mais ao risco de contágio.
Até o início de abril, Flúvia Amorim diz que os números da Covid-19 no estado ainda serão altos, tanto de novos infectados quanto de mortes. “De acordo com as curvas crescentes, até abril teremos muitos problemas em relação a casos, mortes e taxa de internação. Os hospitais têm relatado aumento de internações de jovens e em estado grave da doença necessitando de entubação e UTI”, ponderou.
O surto de Covid-19 está relacionado às novas variantes que circulam em Goiás. Amorim disse que o vírus de Manaus, por exemplo, tem capacidade 10 vezes maior de se transmitir do que outras variantes.
UTIs lotadas em hospitais de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Os casos entre crianças com até 10 anos de idade registrou aumento nas últimas semanas, de acordo com dados da secretaria. Até esta quarta-feira, 12.126 crianças se contaminaram com o vírus e 11 morreram. Na faixa etária entre 10 e 14 anos, são 8.667 contaminados e seis mortes registradas desde o início da pandemia.
Segundo a infectologista pediatra Lorena de Castro Diniz, o aumento de contaminação nestas faixas etárias se deve ao retorno das crianças ao ambiente escolar.
“Cada família vai precisar avaliar a situação e se pode deixar o filho em casa ou não. Até o momento, 1% dessa população precisa de internação quando contrai o coronavírus. Mas 1% vira 100% quando se trata do nosso filho”, alerta a médica.
O número de hospitais com UTIs lotadas de pacientes doentes segue a esteira da contaminação. Enquanto na semana passada a média foi de 14 unidades de saúde com leitos especiais 100% ocupados, nesta quarta-feira, dos 31 hospitais estaduais, 21 registraram ocupação máxima de UTIs:
As taxas médias de ocupação das UTIs estaduais alcançou 97% nesta quarta-feira, enquanto o índice na enfermaria é de 85%.
Em Goiânia, a rede pública tem 257 leitos especiais e apenas 1 está desocupado, ou seja, ocupação de 99%. O índice na enfermaria é de 98%.
As prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia publicaram novos decretos no domingo (7) para conter o avanço da Covid-19. As medidas foram definidas após reuniões com prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia, que analisaram os decretos publicados em 27 de fevereiro, os quais proibiram a abertura do comércio não essencial desde o dia 1º de março.
Ambulância leva paciente com Covid-19 para UTI em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Um levantamento oficial realizado pela SES apurou que, referente à primeira dose, foram aplicadas 270.147 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o estado. Em relação à segunda dose, foram vacinadas 63.057 pessoas até esta quarta-feira.
Em relação ao recebimento e distribuição de vacinas, o estado já recebeu 584.280 doses, sendo 465.280 da CoronaVac e 119 mil da AstraZeneca.
Casos confirmados:
Mortes confirmadas:
Fonte: G1