Casal que perdeu bebê recém-nascido acumulou dívida de quase R$ 100 mil durante o tratamento da criança, em Jataí - Luziânia

Janaína da Silva Corrêa, de 27 anos, conta que o filho nasceu no dia 25 de fevereiro, mas um dia depois teve uma queda na glicemia e precisou fazer um procedimento para tomar soro. Arthur da Silva Paiva foi diagnosticado com uma bactéria e passou quase um mês hospitalizado.

“No dia 26, sábado, ele passou mal. Tentaram colocar um soro pelo umbigo, para aumentar a glicemia, depois disso ele foi piorando. Após exames, o médico detectou a bactéria. Tivemos que ir para Rio Verde. Lá ele ficou 26 dias internado na UTI, mas não resistiu e faleceu dia 10 de abril”, explicou a mãe.

Janaína é balconista de farmácia, ganha cerca de R$ 1,3 mil, e o marido, Wellington Borges, é pedreiro, sem renda fixa. Eles contam que a dívida não é diretamente com o hospital, mas com o plano de saúde da Unimed, que por ser empresarial simples, não cobria os custos da UTI.

“O total ficou em mais de R$ 100 mil, e o plano já pagou pela parte que cobria. É um plano empresarial que não cobre UTI, a gente esperava um valor, mas não o dobro. Além de vivenciar o luto, ainda temos que pensar numa dívida dessa altura. É muito difícil”, explicou Janaína.

Ainda com dificuldade de falar sobre o assunto, a mãe conta nunca imaginou que isso poderia acontecer com ela e com o bebê. Ela também conta que tentou negociar a dívida, mas não conseguiu.

“Estávamos ansiosos, era o primeiro e muito desejado. Nunca passou pela nossa cabeça que poderia ter um problema assim com o Arthur. Tentamos negociar, para pagar parcelas pequenas por mês, mas apenas deram um prazo para arrecadar o total. Até o momento, conseguimos pagar apenas R$ 20 mil.”, finalizou Janaína.

O G1 entrou em contato com a Unimed de Jataí, por e-mail, às 8h45 desta quinta-feira (1º), a fim de saber se o plano pode fazer algum parcelamento ou estender o prazo para pagamento da dívida, e aguarda resposta.