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Na véspera do duelo entre Brasil e Paraguai, pelas Eliminatórias, o técnico Tite não quis antecipar a escalação que levará a campo, mas indicou que vai poupar jogadores do Real Madrid e disse que a Seleção terá uma equipe com muitos jovens.
Embora tenha negado que haja um compromisso com o Real Madrid, Tite pregou bom senso, uma vez que o clube espanhol enfrenta o Athletic Bilbao na quinta-feira, pelas quartas de final da Copa do Rei.
– Nenhum acordo institucional existe. Existe bom senso só, eu tenho a capacidade de olhar calendários. Saber que dia joga um, que dia joga o outro. Saber que o PSG joga dia 5, Atlético dia 6, e o Real, dia 4. Eu tenho que ter bom senso, discernimento, ser compreensivo. Não dá para o cara jogar dia 1, dia 2 e dia 4 na Copa do Rei. E aí tem que saber que… tem que discernimento, mas nenhum acordo – afirmou o técnico, que tem à disposição os merengues Casemiro, Vini Júnior e Rodrygo. Éder Militão, suspenso, já foi liberado e voltou à Espanha.
A partida entre Brasil e Paraguai acontece às 21h30 desta terça-feira, no Mineirão, é válida pela 16ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo e terá transmissão da Globo, do SporTV e do ge.
Numa outra resposta, ao falar sobre a importância do apoio do público, Tite mencionou que deve levar a campo uma equipe com muitos atletas jovens:
– Quando se sente apoiado e incentivado, e falo do atleta e comissão, a possibilidade de desempenho é melhor. Quando vai a local que abraça e incentiva, ele rende melhor. Olho para o Juninho e pelo César. Tu te sente confiante. Não é de ser perfeito, mas corajoso de tomar iniciativa. Vou pegar de âmbito social. É uma forma da equipe e esses jovens, e vão ter bastante jovens, de sentir confiante. Que a camisa amarela seja responsabilidade, mas confiança.
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O treinador será forçado a fazer pelo menos três mudanças na Seleção em relação ao duelo da última quinta, contra o Equador. Além de Éder Militão, o lateral-direito Émerson Royal também está suspenso e será substituído por Daniel Alves.
Já na zaga, é possível que Tite promova a estreia de Gabriel Magalhães pela Seleção. No último sábado, a comissão técnica brasileira fez trabalhos específicos de marcação com ele e Marquinhos.
Nesta segunda, o técnico também perdeu Alex Sandro, que testou positivo para Covid-19. Ele será substituído por Alex Telles.
Questionado se a prioridade no momento é a observação de jogadores ou o desenvolvimento do jogo coletivo, Tite afirmou:
– Grande desafio é conjugar os dois fatores. É o grande desafio. Ter estrutura de conjunto que permita o individual aparecer. E não transferir responsabilidade, dando um jogo, meio jogo, bota e tira. Dar estrutura de equipe para que o atleta desempenhe o melhor. É muito inteligente a pergunta e objetivo. É o nosso objetivo: conjugar o coletivo com o individual.
Numa outra resposta, o treinador completou:
– (Buscamos) Equilíbrio entre a parte mental e física, experiência e jovem. Essa mescla estamos tendo tempo de oportunizar mais, diferente de 2016 (no primeiro ano no comando da Seleção). Hoje há esse tempo. Inclusive por que fizemos campanha que deu oportunidade para chegar dessa forma. Estamos deixando de lado adversário? Não. Tudo que ser bom, bola parada, jogo coletivo. Mas a situação nos dá oportunidade de fazer isso com jovens. Equilibrar tudo isso.
Veja outros trechos da entrevista coletiva de Tite:
– A pergunta é tática. Curto e grosso: sim, eles podem jogar juntos.
– Nós temos que ficar atentos. Num momento de montagem do elenco, sim. São oportunidades que os atletas vão mostrando, numa disputa para convocação final. Esse é o momento que bom seja sim. à tarde, vamos traduzir e oportunizar dentro de uma estrutura de equipe de dar oportunidade. Não de forma aleatória. Mas tu consegue, dentro da harmonia, para que jogadores versáteis possam fazer saída de 3, de 2, 3. De atacar, em 4-4-1, com dois externos avançados e que virava 4-2-3. De tu ter essa montagem, versatilidade e capacidade de observada.
– Ela linka essa pergunta à anterior, dessa montagem de elenco, estruturas diferentes, de jogar com um jogador a menos, um a mais, como tivemos oportunidade. Eu estou imaginando que, quando a Venezuela, marcou baixo, 4-5-1, não saia. Colocamos dois pivôs, dois externos bem abertos e Firmino na meia junto do Paquetá. Então, encontrar essas possibilidades. Esse é o momento. De ter ano com jogadores machucados e oportunizar aqueles que possam dar o melhor.
– Essa fala está linkada a esses dois jogos. Estabelece essa etapa e, mais especificamente, contra o Equador, que foi um jogo de maluco. Panela de pipoca que saltava. O Cléber foi feliz que arbitragem do VAR foi fundamental. Sempre o desempenho da equipe é o mais importante, equilíbrio emocional foi importante. Reagir a erros de arbitragem de forma educada. Assim como eu tive informação que não teria penalidade. É o sentido do correto do justo. Feito essa observação, quando falo de efetividade. Oportunidades que tu cria no último terço com precisão, de fazer gols, de uma chapinha, de tirar o goleiro. Mas, em nenhum momento, coloquei que foi jogo ideal. Só coloquei que ela criou, que ela teve mais finalização precisa e ela poderia ter traduzido em efetividade.
– Tenho sentimento muito grande, fiz grandes amigos na passagem pelo Atlético. Tenho pessoas com admiração especial. Fica um duplo sentimento de não ter feito meu melhor trabalho e insucesso no Atlético. isso fica no sentimental, com senso de dívida, se pudesse de colocar. Não caráter, ou conduta, mas de senso de resultado. No Mineirão, que acolhimento tivemos. Os dois jogos com a Argentina foi uma linda atmosfera, de verdadeiramente torcerem para a Seleção, eles torcem para os clubes, mas identificação e carinho com o atleta. As duas apresentações foram muito bonitas nesse sentido.
– Foi um jogo acidentado (contra o Equador). E permito fazer inconfidência. Quando fui para o lado e pedindo, firme, mas educado, que o árbitro olhasse o VAR, o (técnico Gustavo) Alfaro colocou para mim: “Tite, é o jogo da nossa vida”. Eu disse: “Eu sei, mas é a vida do atleta que quer ir para a Copa”. Cada um tem seu contexto. Teve uma séria de acidentes. Gostaria de prever e ficar mais tranquilo aos jogos. Talvez seja esse um dos objetivos da minha carreira toda. Que quando a coisa não dá certo, eu melhorar. E, quando não dá certo, procuro evolução. Talvez não queria que fosse assim no Atlético. Mas talvez isso me ajudou e ao Atlético, que foi campeão de tudo depois. Essa turbulência de evoluir fica aqui em mim. Mas não jogo mais tranquilo, não.
– A gente tem grupo bastante grande e opções bastante grande. A gente quer fortalecer essa equipe toda.
– Como tem como ideal? Quando tenho jogador expulso, o sistema mais equilibrado é 4-3-2. Quando aconteceu, e a equipe do Equador tem dois externos com dois laterais que agridem o tempo todo. Eu quero agredir o adversário e neutralizar os pontos fortes. O 4-3-2 para dançar com os jogadores que tínhamos, ele não iria casar, não dá essa equipe estruturada. Aí buscou, vamos manter os jogadores para agredir. O que tenho para agredir? Os dois externos. Exemplo bom disso é o Gabriel Jesus, que o goleiro teve que buscar. O Casemiro faz o passe, tem a infiltração, e ele sai na cara do gol. Vamos explorar, porque temos flecha para isso. Ao mesmo tempo, temos que retirar do adversário aquilo que ele tem melhor. Cada jogo tem sua história. Para aquele jogo não era o melhor.
FONTE
https://ge.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/noticias-selecao-brasileira-entrevista-tite-paraguai-eliminatorias-escalacao.ghtml