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Após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não liberar a importação da vacina russa contra a covid-19 Sputnik V por parte de estados e municípios brasileiros, o governo da Rússia comunicou que vai continuar conversando com o Brasil para que a negociação dê certo.
A Anvisa negou a importação por falta de dados e por problemas quanto à replicação do vírus no organismo. Quanto a isso, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta terça-feira (27) que “os contatos vão continuar”. “Se faltam alguns dados, eles serão entregues. Não deve haver dúvidas sobre isso.”
Peskov disse também que os envolvidos na produção da Sputnik V “estão sobrecarregados” porque a demanda da vacina é muito grande. A vacina já foi aprovada em 60 países de diferentes continentes, com uma população de três bilhões de pessoas. O imunizante é o segundo com maior número de aprovações no mundo.
Quanto à eficácia, estudos realizados com 3,8 milhões de pessoas na Rússia mostram que a Sputnik V é 97,6% eficaz.
Em reunião extraordinária, a diretoria colegiada da agência rejeitou por unanimidade o pedido e embasou sua decisão na falta de dados básicos para análise do produto e em falhas identificadas pela área técnica da Anvisa que podem comprometer eficácia, segurança e qualidade do produto.
Um dos problemas mais graves apontados foi a identificação em lotes da vacina de adenovírus que podem se replicar nas células humanas. O adenovírus é usado como um vetor que leva o material genético do coronavírus ao indivíduo vacinado, mas deve estar “inativado”, sem a capacidade de se replicar e provocar doença.
“Verificamos a presença de adenovírus replicante em todos os lotes. Isso é uma não-conformidade grave e está em desacordo com o desenvolvimento de qualquer vacina de vetor viral. A presença de um adenovírus pode ter impacto na nossa segurança quando utilizamos a vacina”, destacou Gustavo Mendes, gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da agência.
Fonte: JBr