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Goiás registrou o segundo pior dia de mortes da pandemia com 220 óbitos em 24 horas, conforme mostram os dados da Secretaria Estadual de Saúde divulgados nesta terça-feira (16). O recorde de mortes em um dia foi de 267, no último dia 10. A pasta contabiliza, ao todo, 9.807 óbitos e 440.870 pessoas contaminadas com o vírus.
Com o agravamento da crise na saúde pública em todas as regiões do estado, o governador Ronaldo Caiado (DEM) anunciou nesta terça-feira a volta do revezamento das atividades econômicas, quando o comércio não essencial é fechado por 14 dias e, depois, reaberto pelo mesmo período. A medida começa a valer na quarta-feira (17).
Segundo o governador, no caso de municípios em situação considerada de calamidade, o decreto estadual deve se sobrepor ao municipal, com intuito de controlar a oferta e demanda dos serviços de saúde.
“Você não tem leito, se tem demanda maior do que a oferta, então não tem como ter dois protocolos diferentes. […] Hoje a situação do estado de Goiás é de todo o mapa em calamidade, [nesse caso] prevalecem as regras do decreto estadual”, disse.
A fila de espera de pacientes por leitos de UTIs é extensa. Até as 8h desta terça-feira, o Complexo Regulador Estadual de Goiás estava com 305 pedidos para internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19 e 231 de enfermaria.
Em Goiânia e Aparecida de Goiânia, as prefeituras editaram decretos nesta semana com modelo semelhante de fechamento do comércio por 14 dias, reavaliando a medida após o período conforme o cenário epidemiológico.
Outras cidades adotaram medidas mais severas para conter o avanço da Covid-19 entre a população. No Entorno do DF, por exemplo, prefeitos adotaram o fechamento total do comércio não essencial e o toque de recolher. Entre 20h e 5h, os moradores não podem ficar em vias públicas.
A situação da rede hospitalar de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia, chegou ao limite. A prefeitura decretou estado de calamidade na saúde pública. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o hospital municipal atendem acima da capacidade máxima, ao ponto de a UPA colocar pacientes com Covid-19 até na capela da unidade.
Leito de UTI em Itaguaru, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Com o avanço do vírus entre a população goiana, 21 hospitais da rede estadual de saúde registraram 100% de ocupação dos leitos de UTIs nesta terça-feira:
A média de ocupação de todos os hospitais da rede, somado aos conveniados, bateu 97% nesta terça-feira. Na enfermaria, o índice é de 90%.
O índice de ocupação da rede de saúde de Goiânia é de 98% das UTIs e 96% das vagas de enfermaria em uso.
UTIs lotadas em hospitais de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Um levantamento oficial realizado pela SES apurou que, referente à primeira dose, foram aplicadas 301.631 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o estado. Em relação à segunda dose, foram vacinadas 86.885 pessoas até esta terça-feira.
Em relação ao recebimento e distribuição de vacinas, o estado já recebeu 584.280 doses, sendo 465.280 da CoronaVac e 119 mil da AstraZeneca.
Casos confirmados:
Mortes confirmadas:
Fonte: G1